2023-08-30

À CONVERSA COM ALFREDO LEAL, ENCARREGADO GERAL DE PRODUÇÃO

Saiba mais sobre o processo produtivo da Laskasas

Aventure-se nesta conversa com Alfredo Leal, o responsável por gerir e manter o processo produtivo que garante a qualidade dos produtos Laskasas.


Em que ano entraste para a Laskasas?

Por volta de 2009 ou 2008, estou cá há cerca de 15 anos.


Como costuma ser o teu dia-a-dia? Como é um dia para ti na Laskasas?

Normalmente acordo cedo, sou a primeira pessoa a entrar aqui dentro. Eu vivo a cerca de 15km e chego cá por volta das 6:55/6:50.

Começo por ligar as máquinas, algumas precisam de tempo para aquecerem ou para iniciarem corretamente. Deixar tudo direitinho para quando as equipas começarem a chegar. Normalmente também gosto de estar um pouco sozinho, sem o barulho ou a confusão, para observar um bocado.

Ver o estado do trabalho e preparar o dia. Passo pela zona dos acabamentos, da montagem, dos estofos. Gosto sempre de ir um pouco à zona da logística e dar um pouco de apoio ao pessoal que vai à casa dos clientes.

Marceneiro a finalizar peça de mobiliário Laskasas
Marceneiro a finalizar peça de mobiliário Laskasas


Qual é a tua peça preferida? Que te dê mais gosto de fazer ou que aches mais bonita?

Na minha posição há muitas peças que gostamos, pelo orgulho por aquilo que fazemos e construímos. Para mim, o nosso trabalho é uma arte. É o que sinto. Pegamos numa tábua ou numa placa e é trabalhada, transformada por toda a equipa. Quando acaba, temos uma obra de arte que envolveu muita gente.

No resultado final, mesmo as peças mais simples, deslumbram. É difícil escolher só uma. Gosto muito da Mesa Kelly, uma mesa simples que se adapta a qualquer espaço.

Também gosto muito dos nossos Aparadores. Há um, cujo desenho é minimalista, que é o Macau. Além de fácil de produzir é versátil, enquadra-se em qualquer sítio.

Nós procuramos sempre a qualidade. O móvel não sai daqui se não tiver qualidade.


Quais consideras serem as peças mais difíceis de produzir? Porquê?

As peças curvas, como o Aparador Brown e o Móvel de TV Brown. Estas peças exigem uma técnica de curvar madeira que é afetada pela meteorologia. A humidade e o calor afetam a peça. As peças curvas são as mais difíceis, que demoram muito tempo a fazer, que exigem perícia e técnica. O Aparador Dean é outro exemplo.

O Móvel Bar Alvar dá também imenso trabalho e exige muita perícia por causa dos cantos em curva e pelo interior que se distingue dos outros móveis. Porque tem pele, mármore, espelho, madeira, metal. Este móvel conjuga vários materiais e tem muitos acabamentos diferentes.

Marceneiro a trabalhar placas de MDF na fábrica Laskasas
Marceneiro a trabalhar placas de MDF na fábrica Laskasas


Quais consideras as principais etapas do processo de produção? Como são coordenadas?

Todas as etapas são importantes. Toda a gente importa. Desde a venda inicial até à entrega.

Apesar de existirem alguns limites dos materiais, na nossa empresa conseguimos tornar tudo possível. É preciso adaptar as peças para que o móvel seja funcional. Há sempre um equilíbrio entre os desenhos técnicos, os limites de produção e a vontade do cliente. Nada acontece, nenhuma alteração avança, sem aprovação do cliente.


E quais as principais dificuldades ou problemas em todo este processo?

Não existem muitas. Os casos onde as dificuldades surgem com mais frequência são na produção dos MDM (móvel por desenho e medida [pedidos especiais feitos pelo cliente]), que são móveis completamente fora do normal. Uma parte mais alta, mais baixa, mais uma gaveta, mais uma porta. Cada vez mais as pessoas querem móveis adaptados e feitos à medida para as suas casas. À forma e ao tamanho da casa, e por vezes temos de criar peças que possam ser ajustadas no local.

Dificilmente surgem duas peças iguais. É sempre diferente o tamanho, profundidade, forma, acabamento, tudo depende da encomenda do cliente. Apesar de aparecerem alguns desenhos fora do normal, tudo se consegue produzir.

Alfredo Leal e José Mesquita na fábrica Laskasas a analisar desenhos técnicos
Alfredo Leal e José Mesquita na fábrica Laskasas a analisar desenhos técnicos


Desde que cá estás, quais consideras serem os momentos mais importantes para a Laskasas?

Quando a empresa decidiu internacionalizar.

Acho que esse foi um dos momentos em que a empresa começou a crescer mais. Porque o mercado nacional já era pequeno para nós. Depois avançámos para feiras internacionais e a empresa evoluiu.

É importante continuar a mostrar a nossa marca lá fora. Já vendemos para muitos países, mas queremos vender para muitos mais.


Como te sentes ao saber que as peças construídas por ti e pela tua equipa fazem parte de casas em todo o mundo?

Sim, é um orgulho. Por vezes estamos a ver televisão, aparece um móvel nosso e reconhecemos. São móveis exclusivos nossos e nós sabemos que o móvel passou pelas nossas mãos e pelo nosso carinho. E é sempre um orgulho.

Mesmo agora, os móveis que fizemos para as Jornadas Mundiais da Juventude. Foi um orgulho.

Alfredo Leal na fábrica Laskasas
Alfredo Leal na fábrica Laskasas


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